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22/11/2017

Férias na Ilha da Armona

Desde que nasci  que passava férias com os meus pais no Algarve, não fosse o meu pai louletano de gema. Sempre gostei do Algarve mas prefiro as zonas menos turísticas (o que já há pouco).

Este ano decidimos ir para um sitio diferente, calmo, que fosse sobretudo para relaxar e estarmos em família e de preferência que não tivéssemos que deslocar de carro para ir para a praia, livre de confusões e de filas. 

 Optamos pela Ilha da Armona, que fica no concelho de Olhão, e situado no Parque Natural da Ria Formosa.  Apesar de existirem casas particulares para alugar, preferimos ficar no parque de campismo da Orbitur que é composto unicamente por bungalows  e a praia fica a poucos metros do parque. 

Para chegar à ilha  temos que fazer uma travessia de barco que dura 15 minutos. O carro fica em Olhão.






 É impossível não ficarmos rendidos à beleza desta ilha, as casas pitorescas, tipicamente algarvias, tudo limpo e arranjado. É um pequeno paraíso. onde os miúdos podem andar à vontade levar bicicletas, triciclos etc...



O nosso bungalow disponha de 2 quartos, o dos miúdos com beliche, sala com kitchenette mas nós optamos sempre para fazer as refeições no alpendre. O parque também disponha de churrasqueiras e nós fizemos uso e abuso deles.
Apesar de estarmos numa ilha, existem 4 restaurantes, 3 mercearias, onde podemos ter peixe fresco, pão cozido a lenha, fruta e legumes que chegam diariamente à ilha.  







A poucos metros estamos na praia, o que podíamos ir e vir facilmente, até mesmo para ir buscar qualquer coisa que fizesse falta. 
As águas são cristalinas, muito calmas, cálidas, e a areia fina e  branca, o sítio ideal para  os miúdos  brincarem à vontade. Quando a maré vaza, no horizonte temos uma grande extensão de areal onde as pessoas aproveitam para apanhar berbigão e mexilhão. Este foi o passatempo do meu Huguinho e todos os dias tivemos direito a petisco!







A rotina foi  simples, de quem pretendia unicamente desfrutar de dias tranquilos e relaxantes : pela manhã íamos comprar o pão e o peixe para o almoço. Depois do pequeno almoço íamos para a praia, e só regressávamos para almoçar. Na hora de maior calor a Marta fazia a sesta e  durante esse tempo, aproveitávamos para por a leitura em dia, jogar dominó e a Mariana aprendia a tocar viola. 
Depois do lanche voltávamos à praia até o sol se por.... 

Este local é fantástico para quem quer descansar, contemplar a paisagem, onde não existe ruído, nem praias apinhadas de pessoas, onde não temos que deslocar de carro, livre  das confusões, filas de supermercado e a possibilidade de os miúdos estarem à vontade. 



01/11/2017

Dia Nacional da Prevenção do Cancro da Mama - 30 de outubro

O cancro até algum tempo era um assunto que não me fazia pensar, sabia que atingia muitas mulheres mas nunca tinha-me tocado assim de perto. Hoje assumo toda a minha fragilidade ao tocar neste assunto, o quanto me faz pensar, o quanto me inquieta e o quanto me assusta. Tenho medo desta doença. Muito medo. Esta doença que compreendi que pode atingir qualquer uma de nós, de mansinho sem darmos por nada.... sem qualquer tipo de sinal visível. Esta doença que transforma a vida de uma mulher e todos aqueles que a rodeiam. 
Diagnosticada a tempo, as hipóteses de vencê-la e retomar uma vida normal  são enormes. A ciência está cada vez mais evoluída e é sem dúvida um grande aliado.  Mas nós mulheres não podemos facilitar...
O que podemos fazer? 
Em primeiro lugar, consciencializar que existe! 
Consciencializar que  pode acontecer a qualquer uma de nós.
 Fingir que não existe ou que só acontece aos outros é uma opção muito imprudente. 
Sou a favor de todas e quaisquer manifestações que façam nós mulheres consciencializarmos sobre esta doença, seja corações no facebook, seja fotos, seja corridas seja o que for,  tudo o que faça pensar e perceber que esta doença existe, que nos desperte o click e questionar "quando foi a última vez que fiz exames de rotina?"  Esta doença está muito presente e que de alguma forma vamos vivê-la directa ou indirectamente em algum momento das nossas vidas. 
A única arma que temos do nosso lado é a prevenção: exames de rotina ( fazer exames de rotina é obrigatório, mesmo que esteja tudo bem, mesmo que não haja sintomas de nada), fazer apalpação, e se não conseguirmos fazer, ir regularmente à nossa ginecologista e pedir para o fazer. 

Infelizmente e em pouco tempo perdi duas amigas vitimas desta doença, e não encontro nenhuma palavra que sintetize o desgosto que carrega o meu coração. A perda, o vazio e por todo o sofrimento que assistimos de forma impotente marca qualquer pessoa.   

Sejamos as maiores cuidadoras de nós mesmas, sejamos as primeiras a quebrar tabus e questionar as nossas amigas e familiares sobre os exames de rotina. Pequenos gestos podem fazer a diferença! A nossa vida!